O jantar decorreu normalmente. Era rolo de carne, algo que nunca tinha experimentado antes, mas que adorei.
O serão foi divertido, a família do Andrew era super animada.
Fui para a cama exausta, e dormi que nem um anjinho. Acordei de manhã com o Andrew a bater vigorosamente á minha porta.
- Inês, wake up ! Quero mostrar-te as redondezas – chamou ele.
Levantei-me da cama com um salto. Levei a roupa para a casa de banho da suite no 1º piso, e vesti-me lá. Enfiei as minhas jeans debotadas e a t-shirt preta, calcei os converse, escovei os dentes e o cabelo e desci para tomar o pequeno-almoço.
Depois do pequeno-almoço, fomos até L.A. na mota de Andrew.
Ele mostrou-me de tudo, desde museus a praias. Entrámos em inúmeras lojas, e comprei tudo o que quis, porque provavelmente seria a ultima vez que teria a oportunidade de ser totalmente extravagante em relação á roupa que comprava. A minha mãe controlava tudo, e não me deixava comprar nada que ultrapassasse os seus limites de normal.
Almoçámos no Mc Donalds (como já estava á espera). O tema de conversa nunca se esgotou. Andrew seria, provavelmente, a única pessoa á face da terra que me faria sentir ignorante apenas de falar com ele. A sua cultura geral era acima da média.
Chegámos a casa por volta das 18:30, tal como havíamos prometido á Sr. Leto.
Era hoje que eles teriam a companhia de Jared para o jantar.
Perguntei-me como seria ele.
Entretanto fui tomar um bom e relaxante banho. Tinha escolhido uma roupa confortável, mas ao mesmo tempo chique para o tão aguardado jantar.
Sim, era um vestido. Mas daqueles que dão pelo joelho, de cetim preto, com um corte muito simples. Não gosto de nada muito curto nem muito elaborado.
Estiquei o cabelo, tentando manter o penteado simples. Não meti brincos, e a maquilhagem era a do costume, lápis preto e sombra roxa. Calcei os meus converse pretos.
Olhei para mim ao espelho e não me reconheci.
“Por vezes a mudança é boa, neste caso, não sei”, pensei.
- Inês! Não és a única que se quer despachar cá em casa, sim? – disse Andrew.
- Oh desculpa . Saio já .
Quando sai, os seus olhos ficaram presos no meu vestido. Assobiou-me e mandou-me dar uma voltinha. Obedeci, sentindo-me envergonhada ao mesmo tempo.
- Pareço demasiado fake- disse eu, em jeito de lamento.
- Nada disso. Estás muito bonita. – disse ele sorrindo, com os olhos a brilhar.
Entrou na casa de banho e eu esperei na sala de estar. Liguei a televisão enquanto esperava por ele.
Demorou-se menos de 15 minutos. Quando olhei para ele, vi que envergava umas comuns calças de ganga e uma camisola preta dos Iron Maiden.
- Epah... Estou demasiado formal? – perguntei.
- Não, estás simplesmente linda.
Corei. Não estava habituada a receber elogios desses, era uma situação constrangedora.
Esperámos 20 minutos e tocaram á campainha.
Levantei-me e fui ter ao hall. A mãe de Andrew abriu a porta.
Fiquei estupefacta. Á ombreira da porta estava o homem mais bonito que alguma vez tinha visto.
* * *
Querido Diário.
O meu dia na companhia de Andrew foi fantástico, mas nada que se comparasse á noite que passei com Jared, o seu primo.
Sim, o seu nome não era estranho porque já o conhecia. É vocalista da banda thirty seconds to mars. Quando o vi não queria acreditar.
Os olhos azuis, a sua voz… tudo. Era simplesmente perfeito. E super-simpático e acessível. Falei imenso com ele á beira da piscina, sobre digressões, music vídeos, as fãs histéricas, etc… Ele quis saber um pouco da minha vida (que é super-desinteressante em comparação á dele). Contei de bom grado.
Falámos a noite toda. Mas Andrew começou a olhar para mim de uma forma estranha.
Que bicho lhe tinha mordido?
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