sexta-feira, 4 de junho de 2010

8 - 4.junho.2009

1 ano são 12 meses e 365 dias...

Odeio Matemática. Um ANO não é um número. E se por acaso o for, que seja um certo número de vivências.
Sabes o que é um ano na vida de uma adolescente?
Uma eternidade.
E a ideia de pensar que um ano da minha vida foi literalmente jogada para o lixo é aterradora.
Cresci durante este ano, é um facto.
Fui feliz, outro facto.
Mas o mais giro, é que só posso dizer que cresci quando não fui feliz.
É impressionante, como dentro de mim ainda arde uma secreta esperança (que, certamente e em breve espero eu) se irá tornar cinza.
Será que não consigo ver que se continuar a alimentar este fogo me vou magoar ainda mais? Será que não consigo ver que não vale a pena?
Eu aprendi imenso.
Aprendi que se deve dar e não esperar nada em troca.
E aprendi (finalmente) o que era o amor!
Algo que esqueceria de bom grado agora que penso nisso. É arriscar tudo, deitar tudo a perder por outra pessoa. Não é agradar em tudo, mas fazer os possíveis. Não é dar tudo de nós à outra pessoa. É dar a única parte de nós que ela pode magoar – o coração.
E, acima de tudo : não é esperar que essa pessoa, pura e simplesmente seja feliz connosco. É aceitar (ou pelo menos tentar aceitar) que talvez seja mais feliz com outra.
Realmente é mau não poder apagar permanentemente as memórias.
Memórias dolorosas de tempos felizes.
Sabes qual foi o meu maior erro?
Foi alguma vez ter tirado os pés do chão. Foi ter pensado que ia durar. Foi ter-me permitido a mim mesma a ousadia de sonhar.
Às vezes ponho-me a pensar em tudo o que já passei. Terei mesmo a idade que se vê no B.I.?
Eu penso que não, mas não há quem concorde comigo.


A memória mais acesa que tenho é a daquele domingo de Páscoa.
Vi-me completamente sozinha. Eram 5 da manhã e só pensava que tinha de sair, tinha que fugir, não podia ficar ali. Sentia-me claustrofóbica. Uma autêntica estrangeira na minha própria casa.
Não me sentia. Não reconhecia nada do que era meu.
Deitei-me eram 6:30 e acordei uma hora depois. Pensei que tivesse sido um pesadelo, desejava que tivesse sido um pesadelo.

Antes disso, tenho uma ou duas memórias que ainda me marcam. Aquelas que prezo, aquelas que gosto de recordar. Aquelas que estupidamente mantêm a esperança viva.
Lembro-me do dia 20 de Setembro, e acho que me vou sempre lembrar. Senti-me estupidamente e despreocupadamente feliz. Depois de um Verão cinzento veio um Outono luminoso.
E lembro-me de outro dia. Um particularmente marcante. Estávamos abraçados e consegui ouvir o teu coração bater. Era um batimento forte. Tornou-se tudo mais claro.
Pena que tivesse sido tarde de mais.
Ficas-te marcado.. Por muitos mais que virão.

                                                          -Encerrei este capítulo-

5 comentários:

  1. adiciona meu msn sff
    ivan_dred@hotmail.com
    so um conselho...aprede a amar que te ama e a respeitar quem te respeita o resto é conversa...
    sofrer por alguem que sorri mesmo sabendo que estamos mal...esqueçe lá

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  2. obrigada : $
    já viste o que um simples sonho me faz? OMG.

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